Atualizado a 12 de novembro de 2020
Com o recente aumento global de casos de COVID-19, a exigência de usar uma máscara quando se está em público está a tornar-se mais generalizada. O aumento dos requisitos de uso de máscara aumentou o número de pessoas que alegam estar isentas do requisito devido a dificuldades respiratórias abrangidas pela Lei dos Americanos com Deficiência (ADA). Embora a ADA exija que as empresas efectuem "adaptações razoáveis", tal não significa que as pessoas não tenham de usar uma máscara.
De acordo com o Instituto Burton Blatt da Universidade de Syracuse, uma agência governamental estatal ou local ou uma empresa privada poderá não ter de fornecer uma modificação razoável à política de máscaras faciais se o indivíduo com deficiência representar uma ameaça direta à saúde ou segurança de terceiros. Uma "ameaça direta" é um risco significativo para a saúde ou segurança de terceiros que não pode ser eliminado através de uma modificação das políticas, práticas ou procedimentos ou através da prestação de ajudas ou serviços auxiliares.
Por exemplo, se um indivíduo não usar uma máscara enquanto faz exercício em espaços fechados, está potencialmente a expor outras pessoas no ginásio à COVID-19, se essa pessoa estiver infetada. Uma vez que o uso de máscara tem como principal objetivo evitar a propagação do vírus a outras pessoas, não usar uma máscara pode ser visto como uma ameaça direta.
É importante notar que as considerações sobre o que constitui uma "ameaça direta" devem ser feitas numa base individual e caso a caso. Os requisitos de segurança decididos pela empresa devem basear-se em riscos reais e específicos e não em especulações, estereótipos ou generalizações sobre pessoas com deficiência.
Os clubes de saúde e os centros de fitness enfrentam um desafio particular quando se trata de lidar com esta questão. Não existe recolha na rua ou entrega sem contacto para o exercício. Em última análise, encorajamo-lo vivamente a discutir com um advogado problemas legais como os requisitos das máscaras e a ADA. Cada caso é único e, atualmente, não existe uma cobertura geral sobre o uso de máscaras e as deficiências.
Noções básicas sobre máscaras e revestimentos faciais
À medida que as empresas reabrem em todo o país, grande parte do debate centra-se nas coberturas faciais de proteção e na responsabilidade individual de as utilizar quando o distanciamento social não é viável.
Atualmente, a grande maioria dos estados norte-americanos e vários países exigem que as pessoas usem coberturas faciais protectoras em locais públicos, como supermercados, transportes públicos e em determinados sectores de atividade onde não é possível o distanciamento social. Alguns governos locais estão a levar estes mandatos ainda mais longe. Por exemplo, o Vietname, a Venezuela e a República Checa exigem que as pessoas usem máscaras sempre que se encontrem fora de casa.
Com o aumento de casos nos Estados Unidos, em partes do Reino Unido, no Brasil e na Rússia, é possível que os requisitos de máscara se tornem ainda mais rigorosos nas próximas semanas.